terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Noivo vem vindo! E a libertação está próxima!


“Vem vindo libertação! Ergam a cabeça, levantem do chão!”

Findando o ciclo A do ano litúrgico, damos início ao Ano B – seguindo o sinótico do evangelista Marcos.
O primeiro ciclo de um ano litúrgico é o do Natal, e começa com a preparação do tempo do Advento, que tem características preparatórias ao Natal e também Escatológicas (relacionadas ao fim dos tempos e segunda vinda de Cristo).
O advento, assim como os outros tempos litúrgicos, nos convida à conversão.
É constituído de quatro domingos, tendo como terceiro domingo o nome de Gaudete, que nos remete à alegria, da feliz expectativa da vinda de Cristo Luz dos povos.
Ao contrário do que muitos pensam o advento não é um tempo de tristeza, mas sim de feliz espera, onde nos resguardamos para a vinda do Amado. Por isso, em nossas ações litúrgicas, não cantamos o hino de louvor – o glória, que é um hino natalino.
Assim como nos ensina o próprio Cristo, não devemos deixar com que as nossas lamparinas se apaguem, devemos ser como as virgens prudentes (Mt. 25, 1-13), sempre atentas a vinda do noivo. Os sinais são cada vez mais sensíveis aos nossos olhos, de que a libertação vem vindo! Não devemos esperar que a libertação chegue e nos pegue desprevenidos, mas sim que façamos a nossa parte de anunciar os abusos, falta de amor e tantas coisas da cultura da morte que nos cerca, devemos, pois, ser verdadeiros discípulos-missionários de Cristo Jesus. O discípulo é aquele segue à risca os passos do mestre, e missionário é aquele que vai além de si e anuncia a graça e o amor libertador do Pai.

O tempo do Advento é aquele em que melhor reconhecemos a importante missão de Maria no plano de salvação. Pois ela é o exemplo de discípula-missionária, que com seu sim ajudou na mudança de vida de muitas e muitos que tiveram um encontro pessoal e íntimo com o Senhor!
É o tempo do grande Maranatha! Vem Senhor Jesus!

“Senhor nós te esperamos, Senhor não tardes mais! Vem logo, vem nos salvar!”

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

"Que arda como brasa, Tua Palavra nos renove essa chama que a boca proclama"


“Que arda como brasa, Tua Palavra nos renove essa chama que a boca proclama”.

A Palavra de Deus deve ter em nossa vida, um lugar de prioridade. É também por meio Dela que o próprio Deus, em Seu amor de Pai nos fala.
Na história de nossa Igreja, por muito tempo, as Sagradas Escrituras não eram anunciadas de uma maneira que o povo pudesse entender.
Com o Concílio Vaticano II, as Escrituras tornaram a ganhar o seu devido valor, principalmente, com as Celebrações em língua vernácula, ou seja, a nossa linguagem a qual entendemos.
Muitos fiéis, super valorizam a Sagrada Comunhão e se esquecem do grande valor que tem a Palavra de Deus. E todos os agentes pastorais, engajados na vida da Igreja, devem atender ao convite do Vaticano II e, dar a fundamental atenção à voz do Senhor que vem até o nós, o seu povo amado.
Todas as vezes que Celebramos a Eucaristia, temos a oportunidade de apreciar o que Deus nos fala, através dos ministros e ministras leigas que proclamam as leituras e também do Diácono ou Presbítero que proclama o Evangelho.
Esse importante momento nas nossas Celebrações é chamado de Liturgia da Palavra, onde o próprio Deus dialoga conosco. Vejamos:
1° Leitura – Deus fala;
Salmo – O povo responde;
2° Leitura – Deus fala;
Aclamação ao Evangelho – O povo responde;
Evangelho – Cristo fala;
Profissão de Fé – O povo dá seu “sim” ao convite feito pelo Pai;
Preces (Oração da Assembléia) – O povo coloca no coração de Deus as suas necessidades.
Quando um fiel proclama a Palavra na Celebração, é o próprio Jesus quem fala por sua boca. Por isso devemos assumir o nosso papel de anunciadores, e fazer uma boa preparação, fazendo desse ministério litúrgico uma maneira de acolher aos nossos irmãos, fazendo com que eles possam compreender o que falamos, através de uma boa pronúncia e calma ao se proclamar. Segue os importantes passos para uma leitura orante da Bíblia:
1 – Tome consciência da presença de Deus que te envolve e pede ao Espírito Santo a Sua luz.
2 - Faça uma leitura atenta, muito lenta, com pausas freqüentes, do texto bíblico.
3 – Faça um momento de silêncio interior e pense no que lestes.
4 – Em cada frase que leste é o Senhor que te fala. Escuta-o com atenção receptiva e serena.
5 – A palavra que leste tem a ver com tua vida. Pergunta-te o que o Senhor te está a querer dizer.
6 – Sublinha as palavras que te tocaram.
7- Leia de novo o texto e tente responder a Deus que te fala.
8 – Deixe-te mergulhar no coração de Deus para te revestir das atitudes de Jesus Cristo.
9 – Peça a força de Deus para viver essas atitudes ao longo do teu dia.
10 – Escolha a frase que mais te tocou e “saboreia-a”.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Fui Batizado, ou Sou Batizado?


Muito se ouve nos dias atuais, as pessoas dizerem que foram batizadas.
O Sacramento do Batismo não é de maneira alguma, um Sacramento passageiro.
Pelo Batismo, somos inseridos na Igreja de Cristo, na qual nos tornamos Sacerdotes, Profetas e Reis, sendo que este último pode ser interpretado como Pastores.
“Em verdade, em verdade eu te digo, quem não nascer da água e do Espírito não poderá ver o Reino de Deus.” (Jo 3, 3). Nestas palavras, Jesus nos diz que é preciso ter uma vida nova, e essa vida nos é proporcionada pelo Sacramento do Batismo, que não é um meio de espantar “mau olhado”, “espinhela caída” e tantas outras crendices. Mas é um meio de participar plenamente do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Através do Batismo, deixamos o “homem velho” e aderimos ao novo jeito de “ser homem”.
O mergulhar na água Batismal, que significa morte, morremos para o pecado, e ao sairmos dessa água, renascemos e ressuscitamos com o Cristo nossa Páscoa. O Povo conduzido por Moisés, entra no Mar Vermelho sendo povo Hebreu e sai das águas tornando-se povo de Israel. Um canto, nacionalmente conhecido composto pela Liturgista Ione Buyst, nos remete a uma experiência disso que partilhamos: “Banhados em Cristo, somos uma nova criatura, as coisas antigas, já se passaram, somos nascidos de novo, aleluia, aleluia, aleluia...”.
Um fato muito curioso e muitas vezes não percebido por muitos, são nas Pias Batismais das igrejas antigas, ao fundo delas o desenho de uma cruz, que representa que quando a criança ou o Catecúmeno é inserida na água ela morre e ao sair, ganha nova vida.
Jesus, quando se deixa ser batizado por João Batista, anuncia ao entrar nas águas do Rio Jordão, que ia morrer. E sabemos que o fim não foi a morte, mas a vitória da Vida sobre a morte.
Como é lindo em nossa Igreja, o caminho feito pelos Catecúmenos (adultos candidatos ao Batismo), durante o período quaresmal, e no dia da Mãe de todas as Vigílias, que é a Vigília Pascal, eles são Batizados, tornando o seu lugar no meio de todo o povo de Deus que é a Igreja.
A Igreja precisa de pessoas que assumam com afinco, a grande missão que recebemos pelo Batismo, pois devemos todos em sintonia, trabalhar para a construção do Reino de Deus, que também é nosso.
Por isso amados irmãos e irmãs, quando nos perguntarem se fomos Batizados, assumamos o que de direito é nosso, e respondamos para os quatro cantos do Mundo, que não somente fomos batizados, mas que somos batizados e fazemos parte do Corpo de Cristo. “... Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2, 38).

domingo, 3 de agosto de 2008

Dúvidas e perguntas...

Se você tem alguma dúvida referente á algum dos artigos postados nesta página, pode expô-la aqui, elaborando-nos suas perguntas, e tentaremos respondê-las com toda humildade, para que assim haja um maior esclarecimento daquilo que é exposto nesta página.

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Obrigado!

Paz e Bem...

Conhecer o que Celebramos.



O nosso povo tem sofrido em uma realidade em que deveria estar totalmente preenchido de todo o Mistério que se Celebra na Sagrada Liturgia.
O que acontece em nossos encontros da Celebração da Eucaristia é que as pessoas têm a necessidade de “enfeitar” o que já é belo na sua essência. Mas isso se dá pelo simples, mas importante fato de nossa ausência de conhecimento e aprofundamento na grande Graça que temos ao participar da Sagrada Liturgia principalmente a cada domingo, em que Celebramos nossa Páscoa Semanal.
“Mas a Liturgia é o cume para o qual tende toda a ação a Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de que promana sua força.” (SC 10)*. E como a Liturgia é o “cume” de toda ação da Igreja, façamos um pequeno aprofundamento para entendermos o que é a Liturgia.


A palavra Liturgia, é proveniente do grego “leitourgia”, que quer dizer ação.
Com isso podemos definir a Liturgia que celebramos uma ação do povo, para o bem do próprio povo, ou seja, a forma em que o povo de sua maneira e cultura faz para Celebrar a vida, cultuar o Deus que é a própria Vida. Mas com todas essas ações, não é Deus quem se beneficia, mas sim o próprio povo que se preenche de forças para mais uma jornada, seja de trabalho, de estudo, em fim, tantas atividades que temos que realizar durante do dias.
O maior ato litúrgico que nós os Católicos realizamos, e a Celebração do Mistério Pascal de Cristo, que se dá pela vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus. E Celebramos o Mistério Pascal, principalmente nas Celebrações Eucarísticas.


Todos os outros atos litúrgicos devem nos levar a uma experiência com o Mistério Pascal. Então, os sacramentos, os sacramentais, entre outros, devem nos levar a esse Mistério.
Prova de que a Liturgia é uma ação do povo para o bem do próprio povo, é quando estamos na Santa Missa. É o próprio Deus que mantém um diálogo conosco.
Podemos dizer que a Celebração Eucarística tem duas “partes” fundamentais, que são a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística, onde nos alimentamos da Palavra e do Corpo e Sangue de Cristo, nas espécies consagradas.


Com tudo isso que partilhamos, sobre Liturgia, percebamos que todas as nossas ações de caridade, de escuta, de atenção para o outro também é Liturgia, assim como os nossos encontros pastorais, a Celebração da Palavra de Deus, quando à ausência do Ministro Ordenado, a Celebração do Ofício Divino das Comunidades que é a Liturgia das Horas de uma maneira onde o povo que labuta, que trabalha possa fazer seus encontros de oração, entre várias outras ações que realizamos para nos abastecer e ouvir ao próprio Deus, que na sua bondade e misericórdia vem em nosso socorro para nos ouvir e aliviar as nossas dores.


*SC – Constituição SACROSANCTUM CONCILIUM Sobre a Sagrada Liturgia.
Documento, este que é fruto do Concílio Vaticano II. E veio trazer nova vida a Sagrada Liturgia.